Por toda a terra
no redemoinho das dunas e do
vento
areias e pó onde cresce uma flor
singela
multiplicada sobre
as alucinações e os escombros
dos sonhos
desenterrados das noites
onde só
havia o idealizar dos dias
promitentes
vagos mas
persistentes
de anémonas
e cristais
ou no arrepio do breu diurno
de nunca mais voltar aos verdes
dias
da casa onde plantámos o nosso
desassossego
e a nossa indiscrição,
a nossa curiosidade de crianças
num turbilhão embrulhado
na púrpura do menino que ainda
somos
(excerto de Circunciclo)